sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Super 8 Surpreende



Apesar de gostar dos trabalhos de J.J Abrams, confesso que assisti a Super 8 sem grandes expectativas. Vi o filme sem ver o trailer. Só li a sinopse e pensei comigo – deve ser uma cópia do ótimo Cloverfield. Estava enganada, o filme me supreendeu.

A trama se passa em 1979, quando um grupo de adolescentes filmavam seu filme caseiro na calada da noite e acabam testemunhando uma catastrófica colisão de um caminhão com um trem de carga. Tudo é registrado com a câmera Super-8 que usavam para filmar a produção deles. Logo coisas misteriosas e assustadoras começam a acontecer e os amigos resolvem descobrir o que é e resolver o mistério.

Não vou aqui, me estender muito na história, pois acabaria com o suspense do filme. Quero mesmo é comentar sobre a fabulosa  ambientação do final dos anos 70. Isso fez a diferença na história, deslocando o espectador para aquela época e nos fazendo esquecer um pouco de toda a tecnologia que nos cerca nos dias atuais. Fotografia, montagem e trilha sonora foram perfeitamente pensados para causar esse efeito, com assinatura de Steven Spielberg na produção.

O elenco de atores também chama atenção. São garotos e uma garota, Ellen Fanning, como protagonistas, dando uma alma que é ao mesmo tempo adolescente e adulta ao filme. Isso é possível? Depois de ver Super 8, acho que você concordará comigo. É uma mistura de Os Goonies e Contatos Imediatos de Terceiro Grau, que resultam em um filme cheio de referências e para agradar todas as idades.

Então fica a dica para o fim de semana, Super 8 estreou hoje no Brasil.  


segunda-feira, 20 de junho de 2011

Wood Allen em sua melhor forma

Eu sempre digo que gostaria de ter nascido na década de 60. Queria ter sido contemporânea dos Beatles, da Audrey Hepburn, do meu querido Elvis e de tantos outros artistas que eu admiro tanto. E essa com certeza é uma das razões pelas quais eu  me identiquei tanto com o novo filme do Wood Allen.

Nele, Owen Wilson interpreta Gil, escritor que está passando férias em Paris com a família da noiva, Inez (Rachel McAdams). Gil ama a Cidade Luz, pois sente que lá está mais perto da arte genuína. Apaixonado pelos anos  1920,  seu sonho era viver na década de F. Scott Fiztgerald, Ernest Hemingway e Pablo Picasso. E como em Paris tudo pode acontecer, certa noite seu sonho se torna realidade, e ele passa a encontrar  seus ídolos todas as noites.

Em cenas impregnadas de um realismo fantástico e  comicidade, Allen faz com que o personagem principal viaje no tempo e tenha conversas fascinantes com Salvador Dali, F. Scott Fitzgerald , Ernest Hemingway, o músico Cole Porter  entre outras figuras conhecidas da história da arte. A forma como diretor insere a arte por meio desses  diálogos contrasta com as visitas aos museus, e ao palácio de Versalhes que a noiva de Gil e seu amigo erudito (Michael Sheen) fazem, mostrando que Paris é muito mais que uma cidade-museu, que a arte está além da museologia e pode ser experimentada nas ruas da cidade.

Além disso, Wood Allen conseguiu, com a pitada dos anos 20, deixar Paris ainda mais irresistível. Para mim, a capital da França nunca esteve tão romântica  em um filme como está em Meia Noite em Paris. Contam pontos para esse efeito também, o romance impossível entre Gil e a bela Adriana, a moça que teria sido musa inspiradora para um quadro de Picasso, perfeitamente interpretada por Marion Cotillard.

Com seu novo filme, Allen prova que nunca saiu de forma, continua não levando seu texto a sério, enchendo seus roteiros de descontração e mostrando que essa é sua especialidade. Com cenas cheias de surpresa que nos fazem querer que chegue logo a próxima badalada de meia-noite para conhecermos com Gil mais uma personalidade do passado, Meia-Noite em Paris é adorável, delicioso e inspirador.

sexta-feira, 11 de março de 2011

Para acompanhar a sexta chuvosa

A clássica cena do clássico Cantando na Chuva, considerado um dos 10 melhores filmes de todos os tempos de Hollywood. Uma delícia de música que marcou um filme que vale a pena assistir. Fica a dica para o fim de semana que promete muita chuva.


Pipoquinha, edredon e Geny Kelly e Debbie Reynolds.

quarta-feira, 2 de março de 2011

Meio machista, mas não chega a ser mentira

Para dar mais ritmo ao dia, uma música, dois filmes. Diamonds are a girls best Friends se tornou clássica com a interpretação de Marilyn Monroe em Os Homens preferem as loiras. Também foi muito bem interpretada por Nicole Kidman em Moulin Rouge.


Qual das 2 interpretações vocês preferem?

terça-feira, 1 de março de 2011

Uma caixinha sem surpresas

Este post deveria ter sido escrito desde ontem, mas, sinceramente não tenho muito o que comentar sobre o Oscar 2011. O que venho sentindo é que a cada ano a cerimônia fica mais pobre e, embora tenha me surpreendido com algumas indicações, a premiação ainda me decepciona.

A cerimônia há muito, vem perdendo seu encanto, até Anne Hathaway estava meio sem graça como apresentadora e conseguiu ser pior que Steve Martin e Alec Balwin no ano passado. As atrações e a premiação não surpreenderam e, nem a homenagem póstuma conseguiu emocionar.

Alguns prêmios eram inevitáveis, e contribuíram para que, ter ficado acordada até as 2 da manhã, valesse um pouco a pena. Natalie Portman, Colin Firth, Melissa Leo e Christian Bale merecidamente levaram a estatueta para casa. Os prêmios para A Origem também foram merecidos, e O Discurso do Rei ter sido eleito o melhor filme já era esperado, mas, apesar de ter gostado do filme, ficaria mais feliz se a estatueta tivesse ido para filmes mais ousados como Cisne Negro ou o Inverno da Alma. Queria sentir de novo aquela surpresa boa de 2008 quando um filme como  Onde os Fracos não tem Vez venceu. Mas, não vou reclamar, porque, antes ele que A Rede Social, aposta de muitos não sei por quê.

Aliás, o filme de David Fincher levar o Oscar de melhor roteiro adaptado eu não discuto, visto que não li o livro. Agora melhor trilha sonora? Melhor montagem? Ainda não consegui entender, mas também não vou ficar questionando, nem debatendo quem deveria ter levado ou não, mas acho que havia candidatos com trilhas muitos mais envolventes, trilhas que eram quase personagens, como a de A Origem, que tem uma montagem espetacular também. Falei que não ia falar, mas pronto falei. Sem mais. Sò posso agora  esperar que em 2012 seja melhor.



Já pelo trailer dá para sentir qual trilha tem mais força de expressão.

Joguinho

Para alegrar o primeiro dia do mês de março, um joguinho com tema de filmes. É bem parecido com forca, mas aqui você vê um objeto que remete ao filme e tenta acertar qual o nome do filme.Detalhe, o nemo em inglês do filme.

Muito legal.


http://famousobjectsfromclassicmovies.com

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Rei, Xerife, Alpinista, Espanhol ou Nerd?

 
As apostas estão mais altas para Colin Firth e sua maravilhosa atuação em O Discurso do Rei. Eu torço por ele também, por ser um ator que eu considero um dos melhores da safra anos 90/2000. Colin é um ator de mil facetas, e consegue brilhar em filmes dramáticos como o Discurso do Rei e também em  filmes “água com açúcar” como Bridget  Jones. Há também quem  diga, que ele deve levar a estatueta por ter sido injustiçado ano passado, depois de ter sido indicado por seu papel em O direito de amar, que eu confesso ainda não assisti, e perdido para Jeff Bridges. Aliás, Bridges é outro ator que merece estar na disputa mais uma vez esse ano. O  xerife Cogburn de Bravura Indômita, interpretado na versão de 1969 por John Wayne, foi um desafio bem cuprido pelo ator.  Mas, acho que esse ano veremos Bridges sentado aplaudindo o discurso de Colin, o inverso de um ano atrás.

Javier Barden, que já tem uma estatueta de melhor ator coadjuvante por Onde os Fracos não tem vez, também merece ganhar, depois de dar seu sangue na frente das câmeras de Biutiful, sem Barden não sei o que seria do filme de Iñarritu. James Franco, teve seu primeiro papel de destaque em 127 horas, e deu conta do recado, mas acho que ainda não é vez dele. Mas sua indicação dá voz a  um ator que, como Firth, logo poderá ter seu discurso aplaudido também. Já Jesse Eisenberg prefiro não entrar em discussão. Gosto do ator, não gosto do filme, portanto não acho que seja um papel  à altura dos demais concorrentes, e embora tenha sido uma boa atuação, não acho que ele será o 83º da “listinha” a seguir:

 1929
Vencedor: Emil Jannings por O Último Comando / Tentação da Carne

1º de 1930
Vencedor: Warner Baxter por Velho Arizona

2º de 1930
Vencedor: George Arliss por Disraeli

1931
Vencedor: Lionel Barrymore por Uma Alma Livre

1932
Vencedores:
- Wallace Beery por O Campeão
- Fredric March por O Médico e o Monstro

1934
Vencedor: Charles Laughton por Os Amores de Henrique VIII

1935
Vencedor: Clark Gable por Aconteceu Naquela Noite

1936
Vencedor: Victor McLagen por O Delator

1937
Vencedor: Paul Muni por A Vida de Louis Pasteur

1938
Vencedor: Spencer Tracy por Marujo Intrépido

1939
Vencedor: Spencer Tracy por Com os Braços Abertos

1940
Vencedor: Robert Donat por Adeus, Mr. Chips

1941
Vencedor: James Stewart por Núpcias de um Escândalo

1942
Vencedor: Gary Cooper por Sargento York

1943
Vencedor: James Cagney por A Canção da Vitória

1944
Vencedor: Paul Lukas por Horas de Tormenta

1945
Vencedor: Bing Crosby por O Bom Pastor

1946
Vencedor: Ray Milland por Farrapo Humano

1947
Vencedor: Fredrich March por Os Melhores Anos de Nossas Vidas


1948
Vencedor: Ronald Colman por Fatalidade

1949
Vencedor: Laurence Olivier por Hamlet

1950
Vencedor: Broderick Crawford por A Grande Ilusão

1951
Vencedor: Jose Ferrer por Cyrano de Bergerac

1952
Vencedor: Humphrey Bogart por Uma Aventura na África

1953
Vencedor: Gary Coper por Matar ou Morrer

1954
Vencedor: William Holden por Inferno nº 17

1955
Vencedor: Marlon Brando por Sindicato de Ladrões

1956
Vencedor: Ernest Borgnine por Marty


1957
Vencedor: Yul Brynner por O Rei e Eu

1958
Vencedor: Alec Guiness por A Ponte do Rio Kwai

1959
Vencedor: David Niven por Vidas Separadas

1960
Vencedor: Charlton Heston por Ben-Hur

1961
Vencedor: Burt Lancaster por Entre Deus e o Pecado

1962
Vencedor: Maximilian Schell por O Julgamento de Nuremberg

1963
Vencedor: Gregory Peck por O Sol é Para Todos

1964
Vencedor: Sidney Poitier por Uma Voz nas Sombras

1965
Vencedor: Rex Harrison por Minha Bela Dama

1966
Vencedor: Lee Marvin por Dívida de Sangue

1967
Vencedor: Paul Scofield por O Homem que não Vendeu Sua Alma

1968
Vencedor: Rod Steiger por No Calor da Noite

1969
Vencedor: Cliff Robertson por Os Dois Mundos de Charly

1970
Vencedor: John Wayne por Bravura Indômita

1971
Vencedor: George C. Scott por Patton - Rebelde ou Herói?

1972
Vencedor: Gene Hackman por Operação França

1973
Vencedor: Marlon Brando por O Poderoso Chefão

1974
Vencedor: Jack Lemmon por Sonhos do Passado

1975
Vencedor: Art Carney por Harry, o Amigo de Tonto

1976
Vencedor: Jack Nicholson por Um Estranho no Ninho

1977
Vencedor: Peter Finch por Rede de Intrigas

1978
Vencedor: Richard Dreyfuss por A Garota do Adeus

1979
Vencedor: Jon Voight por Amargo Regresso

1980
Vencedor: Dustin Hoffman por Kramer vs. Kramer

1981
Vencedor: Robert DeNiro por Touro Indomável

1982
Vencedor: Henry Fonda por Num Lago Dourado

1983
Vencedor: Ben Kingsley por Gandhi

1984
Vencedor: Robert Duvall por A Força do Carinho

1985
Vencedor: F. Murray Abraham por Amadeus

1986
Vencedor: William Hurt por O Beijo da Mulher Aranha

1987
Vencedor: Paul Newman por A Cor do Dinheiro

1988
Vencedor: Michael Douglas por Wall Street - Poder e Cobiça


1989
Vencedor: Dustin Hoffman por Rain Man

1990
Vencedor: Daniel Day-Lewis por Meu Pé Esquerdo

1991
Vencedor: Jeremy Irons por O Reverso da Fortuna

1992
Vencedor: Anthony Hopkins por O Silêncio dos Inocentes

1993
Vencedor: Al Pacino por Perfume de Mulher

1994
Vencedor: Tom Hanks por Filadélfia

1995
Vencedor: Tom Hanks por Forrest Gump - O Contador de Histórias

1996
Vencedor: Nicolas Cage por Despedida em Las Vegas

1997
Vencedor: Geoffrey Rush por Shine - Brilhante

1998
Vencedor: Jack Nicholson por Melhor é Impossível

1999
Vencedor: Roberto Benigni por A Vida é Bela

2000
Vencedor: Kevin Spacey por Beleza Americana

2001
Vencedor: Russel Crowe por Gladiador

2002
Vencedor: Denzel Washington por Dia de Treinamento

2003
Vencedor: Adrien Brody por O Pianista

2004
Vencedor: Sean Penn por Sobre Meninos e Lobos

2005
Vencedor: Jamie Foxx por Ray

2006
Vencedor: Philip Seymour Hoffman por Capote

2007
Vencedor: Forrest Whitaker por O Último Rei da Escócia

2008
Vencedor: Daniel Day-Lewis por Sangue Negro

2009
Vencedor: Sean Penn por Milk - A Voz da Igualdade

2010
Vencedor: Jeff Bridges por Coração Louco

2011
Vencedor: ?





quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Biutiful não faz jus ao nome


Ontem assisti Biutiful, o novo filme de Alejandro Iñarritu, o primeiro sem a colaboração do roteirista e escritor Guillermo Arriaga. Por esse motivo, o filme prometia não ter várias histórias paralelas, marca dos últimos 3 trabalhos da parceria do diretor com o Arriaga, mas na prática não é bem assim.

Na história, Uxbal, vivido por Javier Barden, é um pai de dois filhos, divorciado, e que leva a vida  explorando  mão-de-obra de imigrantes chineses e africanos em Barcelona.   Os chineses fabricam produtos falsificados, os africanos vendem ilegalmente. Ele também dá  propina para policiais fazerem vista grossa na fiscalização. Um personagem controverso, que ao mesmo tempo em que explora, tenta ajudar os explorados, buscando melhores condições de trabalho para eles. O personagem também tem o dom de falar com os mortos logo após sua partida desse mundo, ajudando-os a fazer a “travessia” em paz, sendo sempre recompensado pelos entes queridos. E, para completar, Uxbal descobre uma doença terminal e que lhe restam apenas 2 meses de vida.

Não mais várias histórias que se cruzam, mas muitas histórias que giram em torno de um único personagem, não diferindo muito dos outros trabalhos do diretor. Biutiful tenta falar de muitos assuntos, tenta chocar com várias denúncias sociais e acaba se perdendo e fazendo o mesmo com o espectador. Li alguns críticos dizendo que o filme era muito denso, que nos faria refletir sobre a realidade. Para mim ele ficou tão denso que quase afundou, e isso só não aconteceu porque Barden sustenta o filme de maneira extraordinária. Aliás, se há algo que merece elogios é sua atuação e também a de Maricel Alvarez, que interpreta sua ex-esposa bipolar. As crianças também dão energia ao longa, que tem seus pontos altos ao retratar a família de Uxbal. Fora isso só vi excessos de moralismo.

Enfim, Biutiful carrega os mesmo clichês dos demais filmes de Iñarritu, mas como em tudo se aproveita alguma coisa, tenho que destacar Javier Bardem que parece ter se entregado de corpo e alma ao personagem, diferente de tudo que já fez, o ator merece com louvor a indicação ao Oscar. Ver Barden atuando me faz dizer que, mesmo não gostando do filme, valeu a pena assisti-lo.  

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Mulheres do Oscar


É quase certo, e eu torço por isso, que Natalie Portman vai levar para casa a estatueta de melhor atriz do Oscar 2011. A atriz israelense já é veterana há muito tempo, e agora, com Cisne Negro parece ter chegado ao auge de sua carreira. Com o filme ela já conquistou público e crítica além do Globo de ouro, do SAG e do BAFTA  de melhor atriz. Também pudera, a personagem Nina foi construída com tanta sensibilidade que não dá para imaginar outra atriz a interpretando. Na verdade Natalie tem esse poder, seus personagens são marcantes. Quem mais conseguiria derramar lágrimas tão melancólicas quanto a Alice de Closer, ou ser a salvação, junto com Rachel Weisz, de um filme como Um Beijo Roubado, roubando a cena da protagonista sem graça  interpretada por Norah Jones. É fato, Natalie Portman sempre rouba a cena, e para mim, faz qualquer filme valer a pena nem que seja só para ver sua atuação.

Mas, apesar de não terem muita chance de ganhar o prêmio esse ano, as concorrentes de Portman merecem muito elogios. A começar por Jennifer Lawrence que para mim é uma das melhores da lista. Já falei sobre ela aqui, a iniciante de apenas 20 anos que convence com  seu olhar dramático e faz o público sofrer junto com sua personagem em Inverno da Alma. Lawrence já ganhou o prêmio de melhor atriz estreante no Festival de Veneza de 2008 com o filme Vidas que se Cruzam, e ,se não houvesse Natalie Portman no páreo, eu daria o prêmio para ela.

A atuação de Nicole Kidman também surpreendeu como a sofrida Becca em Reencontrando a Felicidade, isso graças a atuação simples e bem dosada de uma mãe que tenta, ou não, reconstruir sua vida após perder o único filho de 3 anos. Desde 2006, com A Pele, a atriz não participava de um projeto que a destacasse como a grande atriz que é, apesar de que,  para mim  a Nicole linda e expressiva de Dogville e De olhos bem fechados  já não existe faz tempo. E não é por falta de talento, é excesso de Botox mesmo.

Já Michelle Willians provou que a adolescente de Dawson’s Creek ficou para trás. Em Namorados para Sempre, ela e Ryan Gosling interpretam um casal em dois momentos, no início do relacionamento e alguns anos depois em um casamento já desgastado. A mocinha apaixonada e a esposa cansada dos maus hábitos do marido, são duas personagens simultâneas perfeitamente retratadas por Michelle. Sua atuação, junto com Gosling, apresentam ao público um filme honesto sobre a construção e desconstrução do amor.
E para completar nosso time temos Annette Benning que deixei por último porque não tenho muito o que falar sobre. Excelente atriz, sim não há dúvidas, entretanto não vejo Benning merecendo mais essa indicação do que Julianne Moore que junto com ela interpreta o casal de lésbicas do filme. As duas personagens foram muito bem construídas, mas, a meu ver,quem norteia o filme é a personagem Jules, de Moore. Jules é a parte frágil da relação, ela que transmite ao espectador as dificuldades do casal, mostrando exatamente a que o filme se propõe, discutir relacionamentos, independente de orientação sexual ou qualquer outra coisa.  A lésbica Nic, também  foi construída com excelência   por Anette, mas não concordo com apenas ela ser indicada ao prêmio, visto que as duas, e muito mais Julianne Moore na minha opinião, deram o tom certo para as personagens homossexuais, sem cair no estereótipo, muito comum no cinema. 

Sempre Vale a Pena

Eu sempre disse que filme cujo tema central é música sempre vale a pena. Pode ter um roteiro fraquinho como Dirty Dancing, mas é uma delícia de se ver.

Vou tentar postar pelo menos uma vez por semana uma cena diegética, pode ser um musical, um filme de dança ou algo parecido. Para quem não sabe o que é diegético vamos ao nosso momento didático. A trilha no cinema é diegética no cinema quando está inserida no quadro, dentro do contexto ficcional, exemplo, quando o personagem liga o rádio e toca um música. Quando a trilha está fora do quadro, diz-se que ela é extra-diegética, exemplo disso são as trilhas nos filmes de suspense, ela é real apenas para o espectador. Deu para entender? 

Nossa diegese de hoje é a cena final de Dirty Dancing. 


sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Horas de solidão

Fotografia encantadora, cenas de muita ação que passam uma sensação maravilhosa de liberdade. Assim é a primeira meia hora do novo filme de Danny Boyle. Sabiamente o diretor fez isso para depois privar-nos dessa liberdade junto com o personagem. Seguem-se então cenas claustrofóbicas  e angustiantes. Houve quem passou mal e até desmaiou no cinema assistindo à chocante cena de  do alpinista Aron Ralston (James Franco) arrancando seu próprio braço para conseguir salvar sua vida depois de mais de 5 dias preso a uma pedra.

Mas, os momentos mais  marcantes do longa não são sobre a amputação. 127 horas é um filme que tende a provocar auto-reflexão no espectador. Ralston desde o início do filme se mostra extremamente individualista. Não atende os telefonemas da mãe, não se envolve emocionalmente, não firma amizades. Acha que só precisa de si mesmo, e só descobre que não é bem assim quando se vê sozinho de verdade. É fácil ignorar o próximo enquanto tudo está bem, mas é aquela velha história, um dia você acaba precisando de alguém, e se você só afasta as pessoas vai poder contar com quem?

Ninguém sabia que Aron havia ido ao Grand Canyon naquele dia. Sua mãe liga, ele não atende. Seu amigo pergunta aonde ele vai, ele ignora. Achava que gostava da solidão, mas quando se viu cara a cara com ela  foi buscar em sua memória todos aqueles que ele tanto afastara.  Boyle conseguiu mostrar claramente essa necessidade que tem o ser  humano de se relacionar. Muitas imagens que representam flashbacks e visões do personagem rodeado por seus amigos e familiares. Quando não havia ninguém, o alpinista trouxe todos para perto de si.

Um filme sobre relacionamentos. Nossa natureza é se relacionar ter um braço para se apoiar quando a gente tropeça. Ninguém sabia onde Jason tinha ido, o filme não entra em detalhes, mas provavelmente, por se isolar sempre, ninguém sentiu falta dele durante as 127 horas, e mesmo sentindo não saberia onde procurar. Se o acidente tivesse sido fatal, talvez estivesse  desaparecido até hoje. Uma lição e tanto de humanidade. Um alerta do próprio  Ralston diga sempre a alguém onde está indo.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

O Cisne Perfeito



 A música de Clint Mansell, uma espécie de releitura da obra O lago dos Cisnes de Tchaikovsky ainda ecoa na minha mente. Acabei de voltar do cinema, assisti Cisne Negro e ainda estou impressionada. O filme de Darren Aronofsky é intenso e perturbador.

Natalie Portman, que já considero vencedora do Oscar por esse papel, é Nina, uma bailarina perfeccionista que sonha em se destacar em uma grande peça. A oportunidade surge com a montagem da peça O lago dos Cisnes, onde ela ganha o papel principal mas é o tempo todo desafiada pelo coreógrafo Thomas (Vincent Cassel) que a considera muito frágil para interpretar o lado mal do Ballet, o Cisne negro. Mas aos poucos o filme revela que a dançarina não é tão doce quanto parece. 

O filme intercala momentos de pesadelos, alucinações e mundo real da personagem de uma forma que não se consegue identificar o que é o que. Em busca da perfeição Nina se perde entre si e e seus personagens do ballet e nós espectadores vamos junto com ela. Com cortes rápidos,  movimentos de câmera idem e muitos close-ups vai de um extremo a outro tornando difícil definir qual o clímax da história. Mas a verdade é que  a trama é toda clímax. Confunde, penetra, assusta e seduz do início ao fim.

Nina se encontra com seu lado negro, aquele que, dizem, todo mundo tem. Em certo momento Thomas diz a  que ela só tem que lutar contra ela mesma. Então luta, luta tanto que prova da glória ao mesmo tempo que da autodestruição. E ao final fiquei me perguntando:  será que vale a pena alcançar a perfeição? E quando se alcança, o que vem depois? Acho que quem pode responder a esse questionamento é Darren Aronofsky, porque se com essa obra ele não a alcançou, chegou bem perto. 




Inverno da Alma

Assisti Inverno da Alma com meu namorado e no final ele me questionou se esse ano  era pré-requisito para o Oscar premiar filmes tristes. Realmente faz sentido, e enquanto eu assistia o filme isso também me passou pela cabeça. Se existisse a categoria maior depressão pós-filme o longa venceria com louvor. Mas essa característica está longe de ser negativa, pelo contrário, é o resultado de uma adaptação, direção e atuações incríveis.

Inverno da Alma é um filme que vai lá no íntimo do espectador. Eu sofri junto com Ree (Jennifer Lawrence), a adolescente de 17 anos que vive no interior dos EUA uma luta intensa para cuidar da mãe doente e dos 2 irmãos mais novos. Quase sem dinheiro para suprir as necessidades da casa,  por vezes conta com a ajuda dos vizinhos para conseguir alimentar a família e os animais que restam. Mas como nada está tão ruim que não possa piorar, quando já estamos mais que comovidos com a humildade e força da personagem chega a notícia de que seu pai, fugitivo da polícia, deu a propriedade como garantia da fiança e se ele não se apresentar dentro de alguns dias para seu julgamento por cozinhar metanfetamina, o único bem da família lhes seria tirado. A partir de então Ree se divide entre seus afazeres já cotidianos e a busca pelo por seu pai, encarando as figuras mais temidas da região.

Debra Granik fez um belo trabalho. Cada seqüência é cheia de detalhes que dão um ar naturalista ao filme que Jennifer Lawrence se encarregou de dar alma. A atriz, que foi merecidamente indicada ao Oscar, construiu uma personagem complexa, que teve que aprender  na “marra” a se virar sozinha. Desistiu do sonho de ir para o exército para cuidar da casa, e sabe que precisa ser forte e enfrentar o que for porque agora ela é a provedora. E mais, quer dar bom exemplo para os irmãos sempre, a fim de fugir da corrupção que assola sua família. Conselhos de efeito como quando diz para seu irmão: “Nunca peça o que deveria ser oferecido”, são constantes em suas falas.

Não vou me prolongar, mesmo porque Inverno da Alma precisa ser assistido para que se entenda qualquer texto escrito sobre ele. Faz jus ao título, é mais frio do que essas palavras que você está lendo na tela do seu computador. É para ser sentido embalado pelas canções melancólicas que completam o clima de uma história onde parece que o sol nunca dá o ar da graça.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Um filme com entonação perfeita



É difícil acreditar que um diretor que só dirigiu 2 filmes já tenha conseguido 12 indicações ao Oscar. Esse é Tom Hooper, que  apesar de muita experiência na TV, só filmou 2 longas em sua carreira, o primeiro Red Dust é pouco conhecido, e nada aclamado, já O discurso do Rei  é digno de reverência.

Todavia, embora seu diretor tenha pouca experiência no cinema, não se pode dizer o mesmo de seu elenco. Helena Bonham Carter construiu uma personagem que equilibra simplicidade e nobreza. Geoffrey Rush consegue, em cada fala, encher quem está dentro e fora da tela, de confiança e Colin Firth transmite apenas com um olhar toda a insegurança e desespero de seu personagem diante de um microfone. Três veteranos, três interpretações que marcarão suas carreiras e o espectador.

O duque George VI, filho do rei da Inglaterra, herda o trono após a morte de seu pai e a renuncia de seu irmão mais velho. Mas como governar uma nação às vésperas da 2ª guerra mundial sem conseguir fazer um discurso a seu povo? Depois de visitar inúmeros especialistas e não obter sucesso, Bertie, como era chamado pelos familiares,  consulta-se, a contragosto com Lionel Logue. Mas, muito mais que uma história sobre a gaguês de um rei, The King Speech fala de extremos como a insegurança e a confiança, a dificuldade e a superação e uma amizade, naquela época inconcebível, entre um príncipe e um plebeu. Aquele que deveria ser a voz que consolaria seu povo simplesmente não a conseguia controlar. Só que, ele não podia falhar, seus temores pessoais não eram nada diante da necessidade de toda uma nação. A coroa em sua cabeça não o permitia ser gago.

Roteiro Sensível, fotografia e figurino fiéis ao período, trilha sonora encantadora, e um time, entre diretores, atores e produtores, que parece ter doado tudo de si a essa obra, tornaram o filme majestoso, o favorito a todos os prêmios que tem concorrido e quase sempre vencido.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Uma homenagem de Hollywood


Onde tem uma comédia romântica tem um publicitário, e no papel principal ainda. Já é regra, e como toda, há exceções claro. E hoje em homenagem ao dia do publicitário segue uma listinha de alguns filmes com personagens publicitários, e parabéns à categoria, da qual eu faço parte.









segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Onde os Bravos tem vez

 








Algum dia você já assistiu ou  leu um jornal onde não havia pelo menos uma notícia sobre um assassinato? Mata-se por R$20,00,  por drogas, traição, cobiça e até, dizem alguns, por “amor”. E mesmo com notícias assim tão corriqueiras tem gente que ainda se choca com um filme dos irmãos Coen, quando o humor negro dos diretores nada mais é que uma crítica a banalização da vida.

Fargo, Onde os fracos não tem vez, Queime depois de ler, tem exemplos clássicos de cenas que vemos todos os dias na TV, não no mesmo contexto, mas com desfechos parecidos. Muito sangue e Ketchup é derramado e há ainda algumas raras exceções  que conseguem se salvar. Dão a sorte de encontrar pela frente um criminoso “bonzinho” que só leva seu carro e te deixa ir, ou um que joga uma moeda para cima e pede para você escolher, se você escolher cara e der coroa, já era.




É assim que eu vejo as obras do Coen, não costumo ver críticas nesse sentido sobre seus filmes, essa é apenas minha percepção. Entretanto  seu novo longa, indicado a 8 oscars esse ano foge um pouco dos padrões Coen. Nele  bandido não aparece muito, embora seja citado o tempo todo, e são os mocinhos que tem papel de destaque na busca por justiça

Bravura Indômita  é uma refilmagem do western de mesmo nome, dirigido por Henry Hathaway em 1969, mas a linguagem cinematográfica dos Coen deu novo ar ao filme que é baseado, como o anterior, no livro de Charles Portis que conta a história de Matie Ross, uma garota de 14 anos contrata o federal Rooster Cogburn para capturar o assassino de seu pai Tom Chaney. Mesmo contra a vontade do veterano a menina o acompanha durante todo o percurso que conta ainda com a participação do texas ranger Lebouf que também está atrás do criminoso.

Jeff Bridges, no papel de Cogburn, não deixa dúvidas de que o oscar que ganhou ano passado foi merecidíssimo e que só Colin Firth, com sua atuação impecável em O Discurso do Rei, pode tirar esse prêmio dele. O sotaque carregado e alcoolizado dá  uma pitada cômica na medida certa para o personagem durão. Engraçado e dramático ao mesmo tempo.


Matt Damon, como já fez em Gênio Indomável e o Talentoso Ripley, mostrou que é injustiça ser lembrando pelo personagem Jason Bourne. Quase irreconhecível Matt convence como o texano agente Lebouf. Outra boa atuação foi a de Hailee Steinfeld, a menina de 14 anos que mostrou ser tão ousada e precoce quanto Mattie Ross que lhe rendeu uma indicação ao Oscar como melhor atriz coadjuvante.

Enfim, como disse antes, não vi muito do humor negro, marca dos diretores, no filme. Bravura Indômita traz um quê de punitivo, onde mocinhos e bandidos tem seu lugar bem definido, um final mais amarrado, e para mim responde a obra dos Coen que ganhou o Oscar, dizendo que talvez possa haver Country for Old Men.


 

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Filmes que inspiram

Há uns cinco anos atrás eu estava num ponto de ônibus em minha cidade natal, Nova Venécia, e lá escutei duas mulheres, que haviam se conhecido naquele momento, conversando. Uma delas, de aparência bem humilde, não devia ter mais que 25 anos e estava com um bebê nos braços e também segurava uma menininha, de uns 3 anos, pela mão. A segunda beirava  60 anos, e ouvia atentamente as histórias que a outra lhe contava.

Ela dizia como estava conquistando as coisas, e que sabia que precisava se esforçar para dar o melhor para seus filhos (é claro que ela não usava essas palavras, estou aqui fazendo minha interpretação da história, até porque faz muito tempo). Mas o que mais me chamou atenção, foi quando ela disse como havia conseguido  sua casa própria. Primeiro com muito esforço comprou um terreno e depois, por ter que escolher entre pagar aluguel ou construir, ela construiu uma barraca de lona no canto do terreno e investiu tudo o que tinha no material de construção, e me parece que o próprio marido, que era pedreiro, fez a casa. Pequena, simples, mas sua casa. Achei linda, forte, corajosa a atitude dessa mulher que com dois filhos foi morar por meses embaixo de uma lona, passando por privações (imagina quando chovia),  para hoje ter um espaço só dela. Ela é uma dessas mulheres que anônimas fazem história junto com as famosas que também tinham um ideal e lutaram até o fim para alcança-lo.

Houve uma outra mulher, que viveu nos EUA no século XIX, e ao contrário da moça do ponto que provavelmente veio de família pobre, essa desde pequena teve todos os seus caprichos atendidos pelos pais. Era rica, inteligente e linda. Tinha todos os homens aos seus pés. Bem, quase todos, porque o que ela queria já era comprometido, por isso casou-se de birra com qualquer um, ficou viúva meses depois, durante a Guerra  Civil Americana e foi então que ela viu que ser a mulher idealizada da época não a fariam chegar a lugar nenhum. 

Nesse período  foi para a guerra cuidar do feridos e ao voltar encontrou a fazenda de seus pais arruinada, sua mãe morta e seu pai louco. Sem  mais riquezas, sem mais caprichos casa-se por interesse, tem uma filha, sofre um aborto, perde a filha num acidente, separa-se do marido e volta para as terras da família decidida a fazê-la voltar a ser o que era. Passa um período de muita miséria, até o dia em que decide que não passaria mais fome, e para isso  faria o que fosse preciso. Então para conseguir dinheiro para tocar as plantações de algodão, roubou o noivo da irmã casando-se com ele primeiro. Chega a matar um ianque que tenta roubar o que restou em sua casa. Passa por cima de tudo e de todos para cuidar de quem amava, e de si mesma.

Eu admiro essa mulher desde meus 7 anos. A conheci  assistindo pela primeira vez E o Vento levou. Seu nome: Scarlet O’hara. Vivida por Vivien Leigh, essa personagem foge de todos os padrões de mocinha da época, tornando-se uma protagonista anti-herói. Mas minha admiração não é pelas atitudes de Scarlet, mas pela mulher que conseguiu superar tantas perdas, e lutar por seu lugar na sociedade em uma época tão difícil, principalmente para uma mulher sem um homem ao seu lado. Ela pode não ser um exemplo de integridade, mas sua persistência e proatividade são  inspirações para mim como também a personagem real do início deste post.  Viveram em períodos diferentes, tiveram atitudes e histórias diferentes, mas se uma trocasse de vida com a outra tenho quase certeza que lutariam da mesma forma para alcançar seus objetivos.



 

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Oscar 2011

Hoje foi divulgada a lista dos indicados ao Oscar 2011. Assisti pouquíssimos filmes que concorrerão, portanto, prefiro ainda não comentar muito sobre as indicações. Só não posso deixar de expressar minha indignação pelas 8 indicações de A Rede Social, filme que para mim nem deveria estar na lista, e como se não bastasse ainda é o favorito. Alguém por favor  me diz o que viram nele.

Tenho que destacar também a participação do Brasil, depois de 11 anos sem concorrer, com o documentário "Lixo Extraordinário" co-dirigido por João Jardim, Lucy Walker e Karen Harley.

No mais, vou tentar assistir o maior número possível de filmes antes da cerimônia, para comentar aqui. Por hora, segue a lista dos indicados.

Melhor Filme

Cisne Negro
Bravura Indômita
A Rede Social
Toy Story 3
A Origem
O Discurso do Rei
O Vencedor
127 Horas
Minhas Mães e Meu Pai
Inverno da Alma
.

Melhor Direção

Darren Aronofsky – Cisne Negro
David Fincher – A Rede Social
David O. Russell – O Vencedor
Tom Hooper – O Discurso do Rei
Joel Coen e Ethan Coen – Bravura Indômita
.

Melhor Ator

Javier Bardem – Biutiful
Jeff Bridges – Bravura Indômita
Colin Firth – O Discurso do Rei
James Franco – 127 Horas
Jesse Eisenberg – A Rede Social
.

Melhor Atriz

Annette Bening – Minhas Mães e Meu Pai
Natalie Portman – Cisne Negro
Nicole Kidman – Reencontrando a Felicidade
Jennifer Lawrence – Inverno da Alma
Michelle Wiliams – Blue Valentine
.

Melhor Ator Coadjuvante

Geoffrey Rush – O Discurso do Rei
Christian Bale – O Vencedor
Jeremy Renner – Atração Perigosa
John Hawkes – Inverno da Alma
Mark Ruffalo – Minhas Mães e Meu Pai
.

Melhor Atriz Coadjuvante

Melissa Leo – O Vencedor
Amy Adams – O Vencedor
Helena Bonham Carter – O Discurso do Rei
Hailee Steinfeld – Bravura Indômita
Jacki Weaver – Reino Animal
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Melhor Animação

Toy Story 3
Como Treinar o Seu Dragão
O Mágico
.

Melhor Roteiro Original

Cisne Negro
A Origem
Another Year
O Vencedor
O Discurso do Rei
.

Melhor Roteiro Adaptado

127 Horas
Bravura Indômita
A Rede Social
Toy Story 3
Inverno da Alma
.

Melhor Filme Estrangeiro

Foras-da-Lei (Argélia)
Incendies (Canadá)
Em Um Mundo Melhor (Dinamarca)
Dente Canino (Grécia)
Biutiful (México)
.

Melhor Documentário

Lixo Extraordinário
Trabalho Interno
Exit Through the Gift Shop
Gasland
Restrepo
.

Melhor Trilha Sonora

Hans Zimmer – A Origem
Trent Reznor e Atticus Ross – A Rede Social
Alexandre Desplat – O Discurso do Rei
John Powell – Como Treinar o seu Dragão
A.R. Rahman – 127 Horas
.

Melhor Canção Original

Coming Home – Country H3
I See the Light – Enrolados
If I Rise – 127 Horas
We Belong Together – Toy Story 3
.

Melhor Edição

127 Horas
Cisne Negro
A Rede Social
O Discurso do Rei
O Vencedor
.

Melhor Fotografia

A Origem
Cisne Negro
A Rede Social
O Discurso do Rei
Bravura Indômita
.

Melhor Figurino

O Discurso do Rei
Bravura Indômita
Alice no País das Maravilhas
Eu Sou o Amor
A Tempestade
.

Melhor Direção de Arte

Alice no País das Maravilhas
A Origem
O Discurso do Rei
Bravura Indômita
Harry Potter e as Relíquias da Morte – Parte I
.

Melhor Mixagem de Som

Salt
A Origem
O Discurso do Rei
Bravura Indômita
A Rede Social
.

Melhor Edição de Som

Toy Story 3
Tron – O Legado
A Origem
Bravura Indômita
Incontrolável
.

Melhor Maquiagem

O Lobisomem
Caminho da Liberdade
A Minha Versão do Amor
.

Melhores Efeitos Visuais

Além da Vida
A Origem
Homem de Ferro 2
Alice no País das Maravilhas
Harry Potter e as Relíquias da Morte – Parte I
.

Melhor Curta-Metragem

The Confession
The Crush
God of Love
Na Wewe
Wish 143
.

Melhor Documentário em Curta-Metragem

Poster Girl
Strangers no More
Killing in the Name
Sun Come Up
The Warriors of Qiugang
.

Melhor Curta-Metragem de Animação

Day & Night
Let’s Pollute
The Lost Thing
The Gruffalo
Madagascar, Carnet de Voyage






Façam suas apostas.