Todavia, embora seu diretor tenha pouca experiência no cinema, não se pode dizer o mesmo de seu elenco. Helena Bonham Carter construiu uma personagem que equilibra simplicidade e nobreza. Geoffrey Rush consegue, em cada fala, encher quem está dentro e fora da tela, de confiança e Colin Firth transmite apenas com um olhar toda a insegurança e desespero de seu personagem diante de um microfone. Três veteranos, três interpretações que marcarão suas carreiras e o espectador.
O duque George VI, filho do rei da Inglaterra, herda o trono após a morte de seu pai e a renuncia de seu irmão mais velho. Mas como governar uma nação às vésperas da 2ª guerra mundial sem conseguir fazer um discurso a seu povo? Depois de visitar inúmeros especialistas e não obter sucesso, Bertie, como era chamado pelos familiares, consulta-se, a contragosto com Lionel Logue. Mas, muito mais que uma história sobre a gaguês de um rei, The King Speech fala de extremos como a insegurança e a confiança, a dificuldade e a superação e uma amizade, naquela época inconcebível, entre um príncipe e um plebeu. Aquele que deveria ser a voz que consolaria seu povo simplesmente não a conseguia controlar. Só que, ele não podia falhar, seus temores pessoais não eram nada diante da necessidade de toda uma nação. A coroa em sua cabeça não o permitia ser gago.
Roteiro Sensível, fotografia e figurino fiéis ao período, trilha sonora encantadora, e um time, entre diretores, atores e produtores, que parece ter doado tudo de si a essa obra, tornaram o filme majestoso, o favorito a todos os prêmios que tem concorrido e quase sempre vencido.
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