
Mas, apesar de não terem muita chance de ganhar o prêmio esse ano, as concorrentes de Portman merecem muito elogios. A começar por Jennifer Lawrence que para mim é uma das melhores da lista. Já falei sobre ela aqui, a iniciante de apenas 20 anos que convence com seu olhar dramático e faz o público sofrer junto com sua personagem em Inverno da Alma. Lawrence já ganhou o prêmio de melhor atriz estreante no Festival de Veneza de 2008 com o filme Vidas que se Cruzam, e ,se não houvesse Natalie Portman no páreo, eu daria o prêmio para ela.
A atuação de Nicole Kidman também surpreendeu como a sofrida Becca em Reencontrando a Felicidade, isso graças a atuação simples e bem dosada de uma mãe que tenta, ou não, reconstruir sua vida após perder o único filho de 3 anos. Desde 2006, com A Pele, a atriz não participava de um projeto que a destacasse como a grande atriz que é, apesar de que, para mim a Nicole linda e expressiva de Dogville e De olhos bem fechados já não existe faz tempo. E não é por falta de talento, é excesso de Botox mesmo.
Já Michelle Willians provou que a adolescente de Dawson’s Creek ficou para trás. Em Namorados para Sempre, ela e Ryan Gosling interpretam um casal em dois momentos, no início do relacionamento e alguns anos depois em um casamento já desgastado. A mocinha apaixonada e a esposa cansada dos maus hábitos do marido, são duas personagens simultâneas perfeitamente retratadas por Michelle. Sua atuação, junto com Gosling, apresentam ao público um filme honesto sobre a construção e desconstrução do amor.
E para completar nosso time temos Annette Benning que deixei por último porque não tenho muito o que falar sobre. Excelente atriz, sim não há dúvidas, entretanto não vejo Benning merecendo mais essa indicação do que Julianne Moore que junto com ela interpreta o casal de lésbicas do filme. As duas personagens foram muito bem construídas, mas, a meu ver,quem norteia o filme é a personagem Jules, de Moore. Jules é a parte frágil da relação, ela que transmite ao espectador as dificuldades do casal, mostrando exatamente a que o filme se propõe, discutir relacionamentos, independente de orientação sexual ou qualquer outra coisa. A lésbica Nic, também foi construída com excelência por Anette, mas não concordo com apenas ela ser indicada ao prêmio, visto que as duas, e muito mais Julianne Moore na minha opinião, deram o tom certo para as personagens homossexuais, sem cair no estereótipo, muito comum no cinema.
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