sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Super 8 Surpreende



Apesar de gostar dos trabalhos de J.J Abrams, confesso que assisti a Super 8 sem grandes expectativas. Vi o filme sem ver o trailer. Só li a sinopse e pensei comigo – deve ser uma cópia do ótimo Cloverfield. Estava enganada, o filme me supreendeu.

A trama se passa em 1979, quando um grupo de adolescentes filmavam seu filme caseiro na calada da noite e acabam testemunhando uma catastrófica colisão de um caminhão com um trem de carga. Tudo é registrado com a câmera Super-8 que usavam para filmar a produção deles. Logo coisas misteriosas e assustadoras começam a acontecer e os amigos resolvem descobrir o que é e resolver o mistério.

Não vou aqui, me estender muito na história, pois acabaria com o suspense do filme. Quero mesmo é comentar sobre a fabulosa  ambientação do final dos anos 70. Isso fez a diferença na história, deslocando o espectador para aquela época e nos fazendo esquecer um pouco de toda a tecnologia que nos cerca nos dias atuais. Fotografia, montagem e trilha sonora foram perfeitamente pensados para causar esse efeito, com assinatura de Steven Spielberg na produção.

O elenco de atores também chama atenção. São garotos e uma garota, Ellen Fanning, como protagonistas, dando uma alma que é ao mesmo tempo adolescente e adulta ao filme. Isso é possível? Depois de ver Super 8, acho que você concordará comigo. É uma mistura de Os Goonies e Contatos Imediatos de Terceiro Grau, que resultam em um filme cheio de referências e para agradar todas as idades.

Então fica a dica para o fim de semana, Super 8 estreou hoje no Brasil.  


segunda-feira, 20 de junho de 2011

Wood Allen em sua melhor forma

Eu sempre digo que gostaria de ter nascido na década de 60. Queria ter sido contemporânea dos Beatles, da Audrey Hepburn, do meu querido Elvis e de tantos outros artistas que eu admiro tanto. E essa com certeza é uma das razões pelas quais eu  me identiquei tanto com o novo filme do Wood Allen.

Nele, Owen Wilson interpreta Gil, escritor que está passando férias em Paris com a família da noiva, Inez (Rachel McAdams). Gil ama a Cidade Luz, pois sente que lá está mais perto da arte genuína. Apaixonado pelos anos  1920,  seu sonho era viver na década de F. Scott Fiztgerald, Ernest Hemingway e Pablo Picasso. E como em Paris tudo pode acontecer, certa noite seu sonho se torna realidade, e ele passa a encontrar  seus ídolos todas as noites.

Em cenas impregnadas de um realismo fantástico e  comicidade, Allen faz com que o personagem principal viaje no tempo e tenha conversas fascinantes com Salvador Dali, F. Scott Fitzgerald , Ernest Hemingway, o músico Cole Porter  entre outras figuras conhecidas da história da arte. A forma como diretor insere a arte por meio desses  diálogos contrasta com as visitas aos museus, e ao palácio de Versalhes que a noiva de Gil e seu amigo erudito (Michael Sheen) fazem, mostrando que Paris é muito mais que uma cidade-museu, que a arte está além da museologia e pode ser experimentada nas ruas da cidade.

Além disso, Wood Allen conseguiu, com a pitada dos anos 20, deixar Paris ainda mais irresistível. Para mim, a capital da França nunca esteve tão romântica  em um filme como está em Meia Noite em Paris. Contam pontos para esse efeito também, o romance impossível entre Gil e a bela Adriana, a moça que teria sido musa inspiradora para um quadro de Picasso, perfeitamente interpretada por Marion Cotillard.

Com seu novo filme, Allen prova que nunca saiu de forma, continua não levando seu texto a sério, enchendo seus roteiros de descontração e mostrando que essa é sua especialidade. Com cenas cheias de surpresa que nos fazem querer que chegue logo a próxima badalada de meia-noite para conhecermos com Gil mais uma personalidade do passado, Meia-Noite em Paris é adorável, delicioso e inspirador.

sexta-feira, 11 de março de 2011

Para acompanhar a sexta chuvosa

A clássica cena do clássico Cantando na Chuva, considerado um dos 10 melhores filmes de todos os tempos de Hollywood. Uma delícia de música que marcou um filme que vale a pena assistir. Fica a dica para o fim de semana que promete muita chuva.


Pipoquinha, edredon e Geny Kelly e Debbie Reynolds.

quarta-feira, 2 de março de 2011

Meio machista, mas não chega a ser mentira

Para dar mais ritmo ao dia, uma música, dois filmes. Diamonds are a girls best Friends se tornou clássica com a interpretação de Marilyn Monroe em Os Homens preferem as loiras. Também foi muito bem interpretada por Nicole Kidman em Moulin Rouge.


Qual das 2 interpretações vocês preferem?

terça-feira, 1 de março de 2011

Uma caixinha sem surpresas

Este post deveria ter sido escrito desde ontem, mas, sinceramente não tenho muito o que comentar sobre o Oscar 2011. O que venho sentindo é que a cada ano a cerimônia fica mais pobre e, embora tenha me surpreendido com algumas indicações, a premiação ainda me decepciona.

A cerimônia há muito, vem perdendo seu encanto, até Anne Hathaway estava meio sem graça como apresentadora e conseguiu ser pior que Steve Martin e Alec Balwin no ano passado. As atrações e a premiação não surpreenderam e, nem a homenagem póstuma conseguiu emocionar.

Alguns prêmios eram inevitáveis, e contribuíram para que, ter ficado acordada até as 2 da manhã, valesse um pouco a pena. Natalie Portman, Colin Firth, Melissa Leo e Christian Bale merecidamente levaram a estatueta para casa. Os prêmios para A Origem também foram merecidos, e O Discurso do Rei ter sido eleito o melhor filme já era esperado, mas, apesar de ter gostado do filme, ficaria mais feliz se a estatueta tivesse ido para filmes mais ousados como Cisne Negro ou o Inverno da Alma. Queria sentir de novo aquela surpresa boa de 2008 quando um filme como  Onde os Fracos não tem Vez venceu. Mas, não vou reclamar, porque, antes ele que A Rede Social, aposta de muitos não sei por quê.

Aliás, o filme de David Fincher levar o Oscar de melhor roteiro adaptado eu não discuto, visto que não li o livro. Agora melhor trilha sonora? Melhor montagem? Ainda não consegui entender, mas também não vou ficar questionando, nem debatendo quem deveria ter levado ou não, mas acho que havia candidatos com trilhas muitos mais envolventes, trilhas que eram quase personagens, como a de A Origem, que tem uma montagem espetacular também. Falei que não ia falar, mas pronto falei. Sem mais. Sò posso agora  esperar que em 2012 seja melhor.



Já pelo trailer dá para sentir qual trilha tem mais força de expressão.

Joguinho

Para alegrar o primeiro dia do mês de março, um joguinho com tema de filmes. É bem parecido com forca, mas aqui você vê um objeto que remete ao filme e tenta acertar qual o nome do filme.Detalhe, o nemo em inglês do filme.

Muito legal.


http://famousobjectsfromclassicmovies.com

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Rei, Xerife, Alpinista, Espanhol ou Nerd?

 
As apostas estão mais altas para Colin Firth e sua maravilhosa atuação em O Discurso do Rei. Eu torço por ele também, por ser um ator que eu considero um dos melhores da safra anos 90/2000. Colin é um ator de mil facetas, e consegue brilhar em filmes dramáticos como o Discurso do Rei e também em  filmes “água com açúcar” como Bridget  Jones. Há também quem  diga, que ele deve levar a estatueta por ter sido injustiçado ano passado, depois de ter sido indicado por seu papel em O direito de amar, que eu confesso ainda não assisti, e perdido para Jeff Bridges. Aliás, Bridges é outro ator que merece estar na disputa mais uma vez esse ano. O  xerife Cogburn de Bravura Indômita, interpretado na versão de 1969 por John Wayne, foi um desafio bem cuprido pelo ator.  Mas, acho que esse ano veremos Bridges sentado aplaudindo o discurso de Colin, o inverso de um ano atrás.

Javier Barden, que já tem uma estatueta de melhor ator coadjuvante por Onde os Fracos não tem vez, também merece ganhar, depois de dar seu sangue na frente das câmeras de Biutiful, sem Barden não sei o que seria do filme de Iñarritu. James Franco, teve seu primeiro papel de destaque em 127 horas, e deu conta do recado, mas acho que ainda não é vez dele. Mas sua indicação dá voz a  um ator que, como Firth, logo poderá ter seu discurso aplaudido também. Já Jesse Eisenberg prefiro não entrar em discussão. Gosto do ator, não gosto do filme, portanto não acho que seja um papel  à altura dos demais concorrentes, e embora tenha sido uma boa atuação, não acho que ele será o 83º da “listinha” a seguir:

 1929
Vencedor: Emil Jannings por O Último Comando / Tentação da Carne

1º de 1930
Vencedor: Warner Baxter por Velho Arizona

2º de 1930
Vencedor: George Arliss por Disraeli

1931
Vencedor: Lionel Barrymore por Uma Alma Livre

1932
Vencedores:
- Wallace Beery por O Campeão
- Fredric March por O Médico e o Monstro

1934
Vencedor: Charles Laughton por Os Amores de Henrique VIII

1935
Vencedor: Clark Gable por Aconteceu Naquela Noite

1936
Vencedor: Victor McLagen por O Delator

1937
Vencedor: Paul Muni por A Vida de Louis Pasteur

1938
Vencedor: Spencer Tracy por Marujo Intrépido

1939
Vencedor: Spencer Tracy por Com os Braços Abertos

1940
Vencedor: Robert Donat por Adeus, Mr. Chips

1941
Vencedor: James Stewart por Núpcias de um Escândalo

1942
Vencedor: Gary Cooper por Sargento York

1943
Vencedor: James Cagney por A Canção da Vitória

1944
Vencedor: Paul Lukas por Horas de Tormenta

1945
Vencedor: Bing Crosby por O Bom Pastor

1946
Vencedor: Ray Milland por Farrapo Humano

1947
Vencedor: Fredrich March por Os Melhores Anos de Nossas Vidas


1948
Vencedor: Ronald Colman por Fatalidade

1949
Vencedor: Laurence Olivier por Hamlet

1950
Vencedor: Broderick Crawford por A Grande Ilusão

1951
Vencedor: Jose Ferrer por Cyrano de Bergerac

1952
Vencedor: Humphrey Bogart por Uma Aventura na África

1953
Vencedor: Gary Coper por Matar ou Morrer

1954
Vencedor: William Holden por Inferno nº 17

1955
Vencedor: Marlon Brando por Sindicato de Ladrões

1956
Vencedor: Ernest Borgnine por Marty


1957
Vencedor: Yul Brynner por O Rei e Eu

1958
Vencedor: Alec Guiness por A Ponte do Rio Kwai

1959
Vencedor: David Niven por Vidas Separadas

1960
Vencedor: Charlton Heston por Ben-Hur

1961
Vencedor: Burt Lancaster por Entre Deus e o Pecado

1962
Vencedor: Maximilian Schell por O Julgamento de Nuremberg

1963
Vencedor: Gregory Peck por O Sol é Para Todos

1964
Vencedor: Sidney Poitier por Uma Voz nas Sombras

1965
Vencedor: Rex Harrison por Minha Bela Dama

1966
Vencedor: Lee Marvin por Dívida de Sangue

1967
Vencedor: Paul Scofield por O Homem que não Vendeu Sua Alma

1968
Vencedor: Rod Steiger por No Calor da Noite

1969
Vencedor: Cliff Robertson por Os Dois Mundos de Charly

1970
Vencedor: John Wayne por Bravura Indômita

1971
Vencedor: George C. Scott por Patton - Rebelde ou Herói?

1972
Vencedor: Gene Hackman por Operação França

1973
Vencedor: Marlon Brando por O Poderoso Chefão

1974
Vencedor: Jack Lemmon por Sonhos do Passado

1975
Vencedor: Art Carney por Harry, o Amigo de Tonto

1976
Vencedor: Jack Nicholson por Um Estranho no Ninho

1977
Vencedor: Peter Finch por Rede de Intrigas

1978
Vencedor: Richard Dreyfuss por A Garota do Adeus

1979
Vencedor: Jon Voight por Amargo Regresso

1980
Vencedor: Dustin Hoffman por Kramer vs. Kramer

1981
Vencedor: Robert DeNiro por Touro Indomável

1982
Vencedor: Henry Fonda por Num Lago Dourado

1983
Vencedor: Ben Kingsley por Gandhi

1984
Vencedor: Robert Duvall por A Força do Carinho

1985
Vencedor: F. Murray Abraham por Amadeus

1986
Vencedor: William Hurt por O Beijo da Mulher Aranha

1987
Vencedor: Paul Newman por A Cor do Dinheiro

1988
Vencedor: Michael Douglas por Wall Street - Poder e Cobiça


1989
Vencedor: Dustin Hoffman por Rain Man

1990
Vencedor: Daniel Day-Lewis por Meu Pé Esquerdo

1991
Vencedor: Jeremy Irons por O Reverso da Fortuna

1992
Vencedor: Anthony Hopkins por O Silêncio dos Inocentes

1993
Vencedor: Al Pacino por Perfume de Mulher

1994
Vencedor: Tom Hanks por Filadélfia

1995
Vencedor: Tom Hanks por Forrest Gump - O Contador de Histórias

1996
Vencedor: Nicolas Cage por Despedida em Las Vegas

1997
Vencedor: Geoffrey Rush por Shine - Brilhante

1998
Vencedor: Jack Nicholson por Melhor é Impossível

1999
Vencedor: Roberto Benigni por A Vida é Bela

2000
Vencedor: Kevin Spacey por Beleza Americana

2001
Vencedor: Russel Crowe por Gladiador

2002
Vencedor: Denzel Washington por Dia de Treinamento

2003
Vencedor: Adrien Brody por O Pianista

2004
Vencedor: Sean Penn por Sobre Meninos e Lobos

2005
Vencedor: Jamie Foxx por Ray

2006
Vencedor: Philip Seymour Hoffman por Capote

2007
Vencedor: Forrest Whitaker por O Último Rei da Escócia

2008
Vencedor: Daniel Day-Lewis por Sangue Negro

2009
Vencedor: Sean Penn por Milk - A Voz da Igualdade

2010
Vencedor: Jeff Bridges por Coração Louco

2011
Vencedor: ?